Circ.:
EE 05015099200/SG/2015 São
Paulo, 11 de fevereiro de 2015.
RESOLUÇÕES
A Direção Executiva da
CUT, reunida em São Paulo no dia 10 de fevereiro de 2015, avaliou a gravidade
da crise que afeta o pais e reafirmou o papel da Central na defesa dos interesses
históricos e imediatos da classe trabalhadora.
A crise é uma das mais
graves da nossa história recente, atinge a economia e a política, gera um
cenário de incerteza, favorece o fortalecimento dos setores da sociedade que se
opõem ao governo e que, apoiados pela mídia golpista, ameaçam com a
desestabilização da ordem democrática.
A CUT é desafiada,
nessa conjuntura, a representar os interesses dos milhões de trabalhadores (as)
que tiveram suas expectativas frustradas com a
política econômica adotada pelo
governo, de caráter regressivo e recessivo, que penaliza os(as)
trabalhadores(as) com a retirada de direitos e com a ameaça do desemprego. A
CUT reafirma a defesa do modelo de desenvolvimento exposto na Plataforma da
CUT, apresentada nas últimas eleições, e do projeto político vitorioso nas
urnas. A crise se combate com o crescimento econômico, com a inclusão social e
a diminuição das desigualdades, com o fortalecimento dos sindicatos e a
democratização das políticas públicas. Direitos devem ser ampliados, nunca
diminuídos.
A CUT teve origem nas
lutas no local de trabalho contra a exploração dos(as) trabalhadores(as) e nas
lutas dos movimentos de massa, que ocuparam as ruas combatendo a ditadura, o imperialismo e exigindo a democracia. Neste
momento de crise, devemos ocupar novamente as ruas em defesa do emprego, dos
direitos, da Petrobrás e da Reforma Política. Devemos levar essa luta aos
locais de trabalho. A CUT reafirma sua posição contrária às MPs 664 e 665 e
defende uma proposta de política tributária que taxe os ricos, não os
trabalhadores (as). A Petrobrás é nossa,
pertence ao povo brasileiro. Foi conquistada na luta e será defendida na
luta. Jamais aceitaremos sua
privatização. Seus recursos devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em
especial na educação. Corrupção se combate com Reforma Política e esta se faz
através de uma Constituinte Exclusiva e Soberana em relação ao poder econômico,
aos partidos e ao governo.
Levando em conta este
cenário, a CUT desenvolverá uma ampla mobilização de suas bases e ações de
massa, junto com os movimentos sociais, em torno dessas bandeiras: defesa dos
direitos, defesa da Petrobrás e defesa da Reforma Política. Manteremos também
vigilância no Congresso Nacional para impedir que nossos direitos sejam
retirados, com especial atenção ao PL4330 da terceirização. Pressionaremos para
que o governo nos ouça e atenda nossas reivindicações.
Conclamamos, portanto,
os trabalhadores (as) de todo o país a engrossar nossas fileiras nas
mobilizações previstas para o próximo período:
·
Dia 24/02 – Lançamento do manifesto em Defesa
da Petrobrás, no Rio de Janeiro.
·
Dia 04/03 - Abertura do CONCUT e ato no
Congresso Nacional – Brasília.
·
Dia 13/03 - Manifestação em São Paulo e
capitais do país em defesa dos direitos, da Petrobrás e da Reforma Política.
·
Marcha da Classe Trabalhadora, com as Centrais
Sindicais, em data e local a serem definidos.
Petrobrás é nossa!
Corrupção se combate com Reforma Política!
Direitos se ampliam e não se reduzem!
Não às MPs 664 e 665! Não ao PL4330!
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