Mobilização reuniu diversos sindicatos e movimentos sociais organizados, integrando ato unificado que envolveu pelo menos 15 estados brasileiros
Escrito por: CUT-CE
Grupos da juventude organizada puxaram palavras de ordem como
O resultado da consulta popular foi entregue aos três poderes da República nos dias 13 e 14 de outubro do corrente ano. Foram mais de 7,7 milhões de votos a favor de uma constituinte exclusiva para reformar o sistema político. As mais de 400 organizações sociais pedem agora que o Congresso Nacional convoque um plebiscito oficial. O PDL nº 1.508/2014 foi protocolado em 30 de outubro, na Câmara dos Deputados, com a assinatura de 185 deputados de diferentes partidos. Se o projeto for aprovado, os eleitores irão às urnas para dizer sim ou não à mesma pergunta realizada no plebiscito popular: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”.
“Com o Congresso do jeito que está, não dá mais. Estamos organizados para conseguir vencer. Não acho que o Congresso Nacional hoje nos represente. Não representa negros, mulheres, juventude, por exemplo. E fecham as portas para a gente quando vamos a Brasília. Queremos uma Constituinte soberana”, defendeu Ioneide Alves. Durante o ato político em Fortaleza, ela foi uma das representantes da Coordenação das Pastorais Sociais – vinculadas às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os grupos organizados também reivindicam reformas estruturais como agrária, urbana e tributária, além da democratização dos meios de comunicação.
Os grupos seguiram pela Rua General Sampaio com destino à Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza
Em Fortaleza, a mobilização deu-se com uma caminhada que teve início na Praça da Bandeira e seguiu pelas ruasdo Centro até a Praça do Ferreira, onde ocorreu um ato público. O Comitê Estadual do Plebiscito Oficial da Constituinte pela Reforma Política fez a convocação e a mobilização envolveu a CUT-CE (que sedia o Comitê no Ceará) e sindicatos filiados, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Casa de Cultura e Defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga, Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos no Ceará (Motu), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Consulta Popular no Ceará, além de outros grupos sociais e movimentos organizados de mulheres, juventude, negros e pastorais. Para as organizações, o ato unificado tem como objetivo demonstrar a força dos movimentos sociais na luta pela Constituinte, que seria a única maneira de se conseguir as demais reformas estruturais na sociedade brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário