As ruas de Fortaleza serão ocupadas, no dia cinco de junho, por trabalhadores de 160 municípios, que participarão da 9ª Marcha dos Servidores Municipais do Ceará. Neste ano, a tradicional passeata organizada pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e sindicatos filiados tem como tema: “Em defesa da Democracia e dos Serviços Públicos frente à criminalização dos que lutam”. O evento tem concentração na Praça da Imprensa (Dionísio Torres), a partir das 8 horas.
O objetivo da Federação é realizar um grande protesto popular contra a situação atual do país, mergulhado em uma profunda crise política, econômica, institucional e social. A organização sindical convoca a classe trabalhadora a resistir às medidas implantadas no Governo Temer, tais como a Emenda Constitucional 95 (do congelamento dos investimentos públicos em saúde, educação, assistência, moradia e etc), a reforma trabalhista, a lei da terceirização sem limites, as tentativas de reforma da previdência e de privatização das empresas públicas, o aumento da carestia e a redução das políticas sociais.
Também no catálogo de temas do evento está o repúdio à violência contra as manifestações populares organizadas por entidades sociais e organizações de trabalhadores, tendo como exemplo os ataques da Prefeitura de Icó contra os professores do município no início de 2018.
A marcha criticará ainda o processo de impeachment no Congresso que derrubou do poder a presidenta Dilma Rousseff e que levou à prisão do ex-presidente Lula. A organização da atividade entende que o “golpe de 2016” foi a porta de entrada para a implantação no país da agenda neoliberal derrotada nas urnas em 2014, com a ascensão da centro-direita ao poder.
Para Enedina Soares, presidenta da Fetamce, todas situações levantadas acima afetaram profundamente o serviço público municipal, levando as cidades cearenses ao caos, diante dos cortes no orçamento público.
“Nos últimos dois anos, os servidores tiveram que intensificar lutas, paralisações e greves, assim como perderam poder de compra, tiveram suas carreiras achatadas e viram os municípios afundar sem recursos. Prova da desastrosa política de governo fruto do golpe. Precisamos chamar a atenção de toda a população para enfrentar e repudiar a continuidade deste rumo caótico”, defende a dirigente.
Programação
Com saída marcada para as 9h30, a marcha segue até 11h, com pausas para apresentações artísticas e intervenções de convidados.
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