Mobilizações previstas para o final de junho podem parar o retrocesso
Escrito por: Luciana Waclawovsky - CUT Brasil
Com 14 votos a favor - 11 foram contra - os senadores governistas que compõem a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram, no final da tarde desta terça-feira (06), o relatório da Reforma Trabalhista do relator Ricardo Ferraço (PSDB/ES), que não fez nenhuma alteração no texto aprovado por unanimidade pela bancada comandada pelo governo de Michael Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados.
A sessão ininterrupta, que teve início às 10h, foi marcada pela aguerrida defesa da bancada de oposição, que comprovou, com argumentos, dados e números, que se essa reforma passar será o fim do emprego formal em todo o Brasil.
Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que acompanhou de Brasília toda a movimentação, o governo quer votar de qualquer jeito essa reforma, acelerando o fim da CLT e dos diretos da classe trabalhadora.
Freitas reforçou que a CUT está tentando convencer os senadores a não fazerem isso.
"Estamos falado com os parlamentares da base do governo, dizendo, inclusive, que temos uma greve marcada para o fim do mês para evitar que essa barbárie contra os direitos aconteça", afirmou.
Para o dirigente, o mais importante a fazer agora é "ocupar as ruas, o chão de fábrica e iniciar imediatamente a preparação para a próxima greve".
Para Vagner, "só isso pode fazer com que os trabalhadores não percam seus direitos". E completou: "o que está acontecendo aqui é mais uma burla dos direitos. Se essa proposta passar vai ser o fim das férias, do 13º salário, do emprego formal e a institucionalização do bico. A executiva da CUT está aqui para garantir que isso não aconteça.
O PLC 38/2017 ainda vai passar pelas comissões de Constituição e Justiça e Assuntos Sociais antes de ir a plenário na votação final.
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