Na última
terça-feira (10) a vida de nossa querida Maria Auxiliadora Silva Colares foi
covardemente silenciada. Ela foi vítima de um crime bárbaro que deixou toda
família, amigos e vizinhos chocados e sem entender os motivos que levaram a
tamanha brutalidade. Auxiliadora desapareceu na noite da terça-feira e foi encontrada
no dia seguinte já sem vida no porta malas de seu próprio carro, que foi
abandonado ao lado da Igreja de São José no bairro Vila Peri.
Maria Auxiliadora,
conhecida carinhosamente por todos como Auci, era muito amada, uma excelente
filha, uma irmã exemplar, trabalhadora e independente que não merecia tamanha perversidade.
O crime com requintes de crueldade, ainda é um mistério para polícia, mas a
esperança é de que o caso seja esclarecido e que o culpado ou culpados, sejam
presos e paguem pelo crime cometido.
A violência contra a
mulher é uma das agressões mais cruéis contra os direitos humanos. Crimes como
esse são diariamente noticiados nos canais de televisão e na maioria das vezes
não solucionados gerando um clima de medo, insegurança e impunidade. Cada vez
mais a violência contra a mulher aumenta e não podemos nos calar diante de
tamanha perversidade e nem permitir que outras mulheres tenham sua vida ceifada
precocemente. Nenhuma mulher merece ser estuprada, humilhada, xingada,
violentada, vulgarizada. Todas as mulheres merecem ser amadas, desejadas,
valorizadas e respeitadas sem discriminação de raça, sexo, cor ou religião.
O Brasil avançou
muito com a criação de leis e medidas protetivas, no entanto ainda carecemos de
mais segurança. Por outro lado não podemos ficar paradas temos que dar um basta
para que o medo e a violência não façam mais parte do nosso cotidiano.
Segundo dados
da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em 2012, foram assassinadas
212 mulheres. Em 2013 o número cresceu para 267. No entanto de janeiro a maio
deste ano, 117 mulheres já foram assassinadas em todo o Ceará.
Como mulheres, mães,
filhas e cidadãs que somos não podemos mais deixar que crimes como esses se
repitam. Precisamos reagir, denunciar e dar uma basta. Que nossa voz ecoe em
todos os cantos da cidade por mais justiça e igualdade de direitos.
E se calarem a nossa voz as pedras
falarão!!!
“Eu sou aquela mulher que fez a
escalada da montanha da vida
removendo pedras e plantando
flores” (Cora Coraliana)
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