quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Jornada da Esperança aponta: trabalhadores no poder são alternativa ao desmonte dos direitos



Atividade contou também com emocionante apresentação do coral do Sindicato dos Bancários do Ceará, que convocou os trabalhadores do país à reforçar a luta e a resistência
A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) iniciou no dia 30 de novembro a sétima edição do tradicional eventos de debates e deificação de estratégias do ramo que representa. Neste ano, o tema da atividade foi “Jornada da Esperança – O Desafio Sindical em Tempos de Desmonte dos Direitos” e apontou que a alternativa ao golpe e ao desmonte do Estado e dos Direitos é colocar os trabalhares no poder
 
Tal avaliação foi enfatizada na abertura do evento, através da presidente da entidade, Enedina Soares, que disse: o desafio dos trabalhadores brasileiros neste momento é impedir que o modelo de governo adotado por Michel Temer, de inspiração neoliberal e contra a soberania do país, se perpetue. Segundo a dirigente é preciso “ganhar as eleições de 2018, colocando no poder, seja nos Executivos ou no Legislativo, reais representantes dos interesses da classe trabalhadora”. A “segunda tarefa” é desfazer a Emenda Constitucional 95, que estabelece um teto para os gastos públicos. “Não teremos garantia de serviços públicas básicas se ela existir”, defendeu. E o terceiro ponto é a luta por justiça fiscal e social, “combatendo todo o processo de concentração de riqueza e renda, que nos devolveu à classificação de um dos países mais desiguais do mundo”.
 
Também participaram da solenidade de abertura Vilani Oliveira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Brasil (Confetam), Carmem Santiago, Secretária Geral da CUT Ceará, e Inocêncio Uchoa, juiz aposentado, membro da organização Juizes pela Democracia e coordenador da assessoria jurídica da Fetamce.
Já a palestra magna contou com a presença de Marcelo Letiere, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro do Instituto Justiça Fiscal (IJF), que falou sobre a importância de retomar a importância do serviço público para a sociedade, ameaçado no contexto de desmonte do Estado no Governo Temer. “Não existe Estado sem serviço público. Os servidores públicos foram os primeiros alvos da crise do Estado no Brasil”, disse.
 
Letiere trouxe exemplos do modelo do Estado do Bem Estar Social em todo o mundo e evidenciou que as saídas liberais e neoliberais de organização fracassaram em todo o planeta. O representante do Instituto Justiça Fiscal falou ainda que este processo constante de desmonte de direitos são nada mais que uma tentativa de enfraquecer os serviços públicos e submeter o povo a um modelo de organização baseado na compra e aquisição de serviços privados. “Precisamos trazer os trabalhadores do setor privado para o nosso lado e construir efetivamente neste país um governo que seja efetivamente os trabalhadores no poder”, disse ao final da sua apresentação.
Já Ari Aloraldo do Nascimento, Secretário de Organização e Política Sindical da CUT Nacional, também participante do debate central da Jornada, disse que a situação mundial é de resistência dos movimentos sindicais, já que há poucos governos pelo mundo ligados ao campo social. Segundo ele, a saída é unir as reivindicações trabalhistas com uma politização do trabalho, levando as massas a entender o que são essas reformas e as disputas colocadas pela luta de classes.

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