Após pouco mais de dois meses de governo golpista do presidente interino Michel Temer PMDB-SP, os alertas da CUT sobre a real intenção do mandatário e sua trupe e as principais vítimas desse golpe em andamento se confirmaram. Para aqueles que ainda tinham dúvidas, agora não há mais, os golpistas deixaram claro que a classe trabalhadora é a maior prejudicada neste que é um dos piores momentos históricos pelo qual o país passa. E mais, é o trabalhador quem vai pagar a conta de uma das maiores recessões já enfrentadas.
As medidas decretadas pelo presidente golpista Temer e que tramitam a passos largos no mais conservador Congresso da história do nosso país, atingem diretamente o trabalhador, retirando direitos consagrados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e precarizando as relações de trabalho, que já são tão fragilizadas.
É a classe trabalhadora do campo, da cidade, do setor privado e do setor público, as mulheres, os jovens e os negros que estão bradando pelos quatro cantos desse país contra os ataques que estão sofrendo em seus direitos duramente conquistados. São retrocessos no contrato de trabalho, na jornada de trabalho, na aposentadoria, no salário mínimo, no salário, nos benefícios sociais, na educação, na saúde, na habitação, nos serviços públicos, na soberania nacional entre tantos outros que a cada dia que passa surgem como medidas do governo golpista e seus aliados para retirar o país da crise em que está.
Contudo, tais propostas, como já comprovadas amplamente em diversos países que já as implementaram, têm efeito contrário ao desejado, ou seja, ao invés de reverter o quadro de recessão, as políticas neoliberais o agravam, levando o país a um ciclo vicioso de queda na economia com efeitos colaterais em todos os setores, com aumento do desemprego, da desigualdade, da pobreza entre outros males.
A princípio, um dos setores mais prejudicados com o projeto do governo golpista é o público, com imenso reflexo nos servidores. Buscando a redução dos investimentos públicos e da estrutura de Estado, os projetos do executivo almejam cortar o número de servidores, estabelecer teto máximo para os gastos públicos, suspender os reajustes salariais e cortar benefícios, suspender concursos e privatizar os serviços e empresas públicas. É o velho argumento do Estado ineficiente que precisa ser reduzido e dar liberdade para o mercado agir, ou seja, é o famoso "Estado Mínimo".
Em consequência dessas medidas, importantes serviços públicos e políticas sociais estão sendo brutalmente afetados, como a educação, através do PROUNI e do FIES, a saúde, através do SUS e Do Mais Médicos, a moradia popular, através do Minha Casa Minha Vida, e o Bolsa Família, só para citar alguns.
É assustador como, em tão pouco tempo, um governo ilegítimo consegue propor tantas medidas que retrocedem em décadas o país, destruindo os direitos sociais e trabalhistas alicerçados na CLT e na Constituição Cidadã de 1988.
A prova de tamanha gravidade e anticivilidade nas políticas de Temer está na popularidade baixíssima de um governo tão recente e nas centenas de manifestações que ocorrem desde o primeiro dia de sua posse, dentro e fora do Brasil. São manifestações espontâneas, heterogêneas, de organizações do mundo da política, cultura e social, que têm pautas diversas, mas uma coisa em comum, a luta contra o golpe, o retrocesso e a defesa da democracia.
Diante desse importante momento histórico do país, a CUT, em unidade às forças de esquerda, através das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, continuará lutando nas ruas contra o golpe, o retrocesso, o conservadorismo, a intolerância e o ataque aos direitos. Golpistas, Fascistas Jamais Passarão! Fora Temer!
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