segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Marcha é marcada pela defesa dos direitos humanos dos trabalhadores

“Não vão calar a nossa voz”, este era o grito que mais se ouvia ontem (11/12), durante a V Marcha Estadual do Trabalho Decente, que partiu da Praça dos Mártires – Passeio Público, percorrendo as principais ruas do Centro de Fortaleza. A atividade foi marcada pela defesa da garantia dos Direitos Humanos, especialmente os direitos dos trabalhadores públicos.
O evento apresentou um conjunto extenso de violações que fazem com que servidores públicos vivam sob uma condição de quase não cidadania. O lema, portanto, vem para visibilizar quais direitos possuem, mas não são assegurados, pelos governos municipais.
A Marcha também contou com a inclusão de movimentos sociais, que levantaram questões mais profundas sobre as violências sofridas e as condições de vida contemporâneas destas populações, dando destaque à luta por moradia, às demandas do movimento de índios e negros, dos grupos feministas, das organizações de juventude e das crianças e dos adolescentes.
“A marcha busca visibilizar a realidade dos trabalhadores e todos aqueles que têm seus direitos negados. É um protesto que procura, por um lado, levantar questões e bandeiras reivindicativas dos servidores, e que buscam dialogar diretamente com as suas realidades, e, de outro lado, que busca promover um debate e diálogo com a população acerca da realidade que toca a ambos lados, buscando a resolução de problemas comuns. Desta forma, sob a bandeira do evento, estão inseridos discursos e práticas que visam a materialização de direitos”,  falou Enedina Soares, presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), que organizou o evento.
Ato na SRTE
A atividade também contou com o lançamento da Campanha Salarial 2015 dos Servidores Municipais, que tem como tema “Eu quero mais direitos” e traz uma pauta com 12 propostas gerais estaduais e está aberta para a construção da pauta municipal.
O documento das demandas da campanha, juntamente com relatório que cobra o registro sindical de sindicatos dos servidores municipais de todo o estado foi entregue ao Superintendente Regional do Trabalho e Emprego do Ceará, Francisco Ibiapina, que subiu ao trio da Fetamce em frente a sucursal do Ministério do Trabalho.
“Existem demandas, como a fiscalização dos direitos trabalhistas, que o Ministério tem sido omisso. Além disso, negar o registro sindical a uma entidade reconhecidamente atuante é um ataque ao Direito à Liberdade e Autonomia Sindical, também um Direito Humano”, explicou Enedina Soares.

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